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The Legend of Zelda - NES


Indo directo ao assunto, a série The Legend of Zelda é um dos maiores fenómenos de todos os tempos. Mesmo já tendo mais de 20 anos de existência, ainda continua a apaixonar milhões de jogadores e é sempre motivo de discussão entre comunidades de jogadores. Basicamente, é a série Star Wars dos videojogos.

Este fenómeno começou em 1987 com o lançamento de The Legend of Zelda, para a NES. A ideia do jogo é muito simples: Controlamos um personagem chamado Link, que tem de salvar o reino de Hyrule e a princesa Zelda das garras do temível Ganon. Para isso, Link tem de recolher as 8 peças do Triforce da sabedoria que estão espalhados pelo reino, para ter acesso à fortaleza de Ganon e levar a cabo o seu plano heróico.

Apesar da história ser simples, a jogabilidade é exactamente o oposto. É um dos jogos mais complexos da época. É a característica mais apaixonante de toda a série.


Assim que começamos o jogo, somos largados no meio do vasto mundo de Hyrule. Para além dos nossos objectivos principais, temos vários segredos para descobrir. Espalhados pelo reino existem várias cavernas escondidas com vários rupees (unidade monetária do jogo), lojas com escudos e poções ou um item especial (como um coração, que nos aumenta o medidor de saúde). Isto tudo com montes de enimigos para nos impedirem de salvar o reino (neste conjunto temos os famosos Moblins e Octoroks, e alguns outros). Contudo, é necessário prosseguir com a história para termos acesso ao mapa todo (é necessário um item especial, obtido em cada masmorra obrigatória, para chegar a certos lugares), portanto existe aqui um excelente balanço entre as missões obrigatórias e exploração.


O objectivo principal do jogo é encontrar as 8 masmorras, onde foram escondidos os pedaços do Triforce. Dentro de cada masmorra temos hordas de inimigos (desde morcegos e larvas de fogo até a feiticeiros, cavaleiros e esqueletos) mais poderosos que os que encontrámos no exterior, e alguns puzzles algo básicos (empurrar um certo bloco ou rebentar com uma certa parede). No final somos presenteados com um confronto com um boss enorme (aqui temos um dragão, um rinoceronte, uma aranha gigantesca e outras criaturas indescritíveis). Cada vez que derrotarem um boss, ganham o tal pedaço do Triforce e um upgrade ao vosso medidor de saúde.


Para isto tudo, temos um conjunto de armas e itens que nos ajudarão durante a aventura. Para além da tradicional espada (que "dispara lâminas" se tivermos vida suficiente) e escudo, temos bombas, boomerangs, flechas, etc. Quanto a itens, temos uma flauta (muito útil em certos puzzles), uma vela (para iluminar zonas escuras), e as tradicionais chaves , mapas e bússolas indispensáveis para atravessar as masmorras. Com a excepção destas últimas (que são sempre encontradas em todas as masmorras) e a espada, escudo e bombas (encontrados no exterior), cada um dos restantes itens são obtidos exclusivamente numa respectiva masmorra, por vezes necessários para derrotar o boss (por exemplo, a flauta).


Basicamente o jogo é isto, mas não pensem que será uma aventura fácil (afinal, o que esperavam de um jogo da NES?). Alguns das cavernas secretas são difíceis de encontrar (devido ao facto da sua localização ser muito obscura, sem marcas a indicar o local), e nas masmorras finais os inimigos não terão misericórdia nenhuma e uma simples falha da vossa parte resulta em morte ou perder grande parte da vida. A isso juntem o facto de começarem com apenas 3 corações cheios (independemente do nº de corações que tiverem encontrado) cada vez que recarregam o vosso último save. Por outro lado, os Bosses, especialmente o último (Ganon), são fáceis após saberem o que fazer e conseguirem evitar os seus ataques.


Já que falo em saves, convém referir que este é possivelmente o primeiro jogo fora do Japão a ter uma bateria que nos permite guardar o progresso automaticamente, sem a necessidade de passwords. No entanto só podem guardar o vosso progresso quando morrem (a não ser que usem o truque dos dois comandos).


Voltando ao jogo, existe uma surpresa para quem acabar o jogo e querer um desafio. Ao carregarem um save com o jogo acabado, ou ao criarem um save com o nome de “Zelda”, entrarão na 2º Quest. Resumindo, é o modo difícil do jogo. As localizações dos corações e das masmorras mudaram, e a dificuldade no combate aumenta. Este modo foi criado após a finalização do jogo, quando a equipa de desenvolvimento reparou que o jogo só ocupava metade do cartucho. Por sugestão de Miyamoto, a tal Second Quest foi criada.


The Legend of Zelda veio, viu a sua qualidade a resultar em sucesso comercial e originou uma excelente série. Hoje em dia o jogo pode não ser apelativo a muita gente, dado que o jogo consegue ser muito obscuro ao ponto de vos fazer gritar por um guia, e algumas características típicas da série (como NPCs, cidades, etc) ainda não tiveram presença neste jogo. Mas, caso consigam passar por isso, encontrarão aqui uma bela peça de história, que honra a cor dourada do seu cartucho (sim, o cartucho do jogo é dourado).

Por fim, deixo-vos aqui um vídeo que mostra o início do jogo, para terem uma melhor ideia da jogabilidade e da estrutura do jogo. Gostaria de destacar a fluidez na mudança de ecrã, e claro o tema sonoro que é um dos melhores temas sonoros de sempre:

1 comentário(s):

Pedro Lourenço disse...

Sem dúvida, excelente análise de um dos "hall of fame"'rs desta excelente indústria. Super Mario, Mega Man, Ryu, Pac-Man e claro, o Link são aquelas personagens que ligamos a toda uma indústria. Continua Cláudio, confesso que estou a gostar cada vez mais do blogue desde a tua entrada para o staff