Photobucket

Super Mario Bros


Super Mario, Super Mario... Quer adores ou odeies a Nintendo uma coisa não é possível negar: Super Mario é o ícone dos videojogos. Protagoniza alguns dos melhores jogos de sempre, assim com alguns Spin-Offs muito divertidos (o que é difícil de fazer) e um monte de outras coisas fora dos videojogos que na sua maioria são de qualidade medíocre mas que serve para mostrar o fenómeno que foi e ainda é o canalizador (um excelente exemplo é o filme de 1993, a primeira adaptação de um jogo ao cinema). Mas, tal como tudo, houve um início.

O Super Mario foi das primeiras criações de Shigeru Miyamoto, criador de outras séries da Nintendo como Zelda, Pikmin, Donkey Kong e por aí fora. Hoje o homem é considerado como o Deus dos videojogos, mas na altura o seu nome ainda não tinha o prestígio que tem hoje. Não entrando em grande detalhe na história, o primeiro projecto de Miyamoto foi Donkey Kong para as arcadas, que tinha como personagem um carpinteiro sem nome, apenas conhecido como Jumpman. Apesar de o Jumpman não ser o Mario a semelhança física é visível.

Mais tarde Miyamoto pegou nesta personagem e trabalhou-a. Deu-lhe a profissão de canalizador, deu-lhe um nome, Mário (inspirado por Mario Segale, um funcionario da Nintendo na altura) e um irmão, Luigi. Mas o mais importante de tudo, pegou na personagem e meteu-a num universo mais fantasioso e totalmente diferente de Donkey Kong e Mario Bros (um outro jogo arcada com os irmãos Mario, ainda longe dum típico Super Mario) e também fez a transição das máquinas arcada para um jogo de plataformas. E aí nasceu um dos maiores clássicos dos videojogos, Super Mario Bros.


Como dito, Super Mario Bros é um jogo de plataformas lançado em 1985 para a NES. É a primeira aventura dos irmãos Mario onde eles salvam o (estranho) reino dos cogumelos e a Princesa Peach do horrível (e estúpido) Bowser. É esta a história do jogo, simples e sem grandes pormenores, mas na altura os jogos focavam-se principalmente na jogabilidade, portanto vamos ao que interessa.

Super Mario Bros é um dos jogos mais simples que existem, dado que o género ainda não tinha evoluido muito. O jogo está estruturado em 8 mundos, cada mundo dividido em 4 níveis. Nos 3 primeiros níveis o nosso objectivo é ir do ponto A ao ponto B, e no 4º nível (que é sempre num castelo) pouco muda, com a excepção de um confronto com o Bowser no final. Quando derrotamos o Bowser somo sempre brindados com o Toad a avisar-nos que a princesa está noutro castelo. Odeio aquele gajo...


Mas, apesar de todos os níveis terem um caminho principal linear não quer dizer que o jogo seja monótono. Existe uma boa variedade de níveis, cada um com as suas próprias características, desde os níveis com cogumelos como plataformas até aos níveis debaixo de água (aqui a jogabilidade muda um pouco), passando pelos níveis com um Lakitu a perseguir-nos o nível todo e o clássico nível com os peixes a voarem por todo o lado. Existem também sempre alguns pormenores introduzidos ao longo do jogo (novos inimigos, os clássicos tiros de canhão, novas mecânicas, etc). Existe sempre algo novo para ver.


Para além disso, o jogo tem imensos segredos. Podemos seguir o caminho principal, ou podemos explorar o nível à procura de novas passagens nas núvens, de túneis que vão dar a áreas secretas cheias de moedas ou de blocos secretos com várias moedas ou até uma vida. E claro, o maior segredo existente num jogo: As Warp Zones. Nos níveis debaixo da terra existe uma área secreta com três túneis, cada um com acesso a um outro mundo. Agora pode não parecer nada, mas segundo relatos de jogadores mais velhos isto foi a bomba na altura. Se forem daqueles que gostam de explorar todos os cantos de um jogo têm muito para fazer aqui.


Para nos ajudar na nossa aventura temos também os famosos Power-Ups, cada um que nos dá um poder exclusivo. Temos o cogumelo normal que nos torna maiores (ou melhor, tamanho normal), o que nos dá mais um ponto de vida; a flor que nos dá o poder de disparar bolas de fogo (um anjo caído do céu em certos níveis); e por último a estrela, que nos dá invencibilidade durante um curto período de tempo. Todos estes Power Ups são encontrados em blocos (normais ou secretos) e procurem bem porque ajudam imenso, especialmente na segunda metade do jogo.


O último grande ponto na jogabilidade que quero falar são os obstáculos. A maioria destes obstáculos são tropas do exercito do Bowser, que vão desde os Goombas e Koopas até aos Hammer Bros (grandes sacanas, aviso já) e as plantas carnívoras (uma dor de cabeça, tantas vezes que morri à conta destes idiotas que aparecem no momento que eu salto para cima de um tubo), cada um com a sua própria estratégia de combate. Para além dos inimigos comuns temos também o próprio Bowser, que temos de enfrentar no final de cada mundo (e vai-se tornando cada vez mais difícil). Existem duas maneiras de o derrotar: Se tiverem a flor podem corrê-lo com as bolas de fogo, senão têm de tocar no machado que está atrás dele e destruir a ponte (e é a fazer isto que vocês farão as maiores acrobacias num videojogo).


Passando para outros aspectos do jogo, os gráficos são fenomenais. Sim, são simples e até na NES existem jogos com gráficos melhores, mas são coloridos e agradáveis o que torna este jogo graficamente apelativo. A fluidez no movimento do Mario/Luigi está fenomenal, não é apenas duas frames como em muitos jogos da consola.


A música é um trabalho divino do compositor do jogo. São pequenas peças musicais simples mas tão memoráveis, especialmente o tema do jogo que ainda hoje é considerado um dos melhores temas musicais de sempre. Deixo aqui este maravilhoso tema, recomendo a seguirem os vídeos para ouvirem o resto da música. Os efeitos sonoros também estão muito bons.

No final, é impossível negar o excelente trabalho que o Miyamoto e a sua equipa fez aqui. Este jogo é como uma lição básica em como se faz um jogo de plataformas, simples e acessível mas viciante e nota-se bem o esforço da equipa de desenvolvimento em todos os aspectos. Não é o melhor Super Mario, a série ainda ia mostrar melhor mais tarde (e esse "melhor" muda de definição sempre que existe um novo jogo do Mario), mas não deixa de ser fenomenal.

Se recomendo? Sim, sem dúvida nenhuma. Para mim é uma adição essencial ao currículo de qualquer jogador. Existem imensas maneiras de experimentarem o jogo, já que está disponível em várias consolas da Nintendo (NES, GBC, GBA e Wii). Eu não apoio a emulação, mas se não tiverem outra hipótese então façam-no. Não importa como o joguem, desde que joguem.


Para quem estiver interessado, está para sair na Europa o Super Mario All-Stars para a Wii, uma compilação de todos os jogos do Mario da NES/Famicom na sua versão em 16-Bits. Pessoalmente acho que o jogo perde um pouco o seu charme se não tiver em 8-Bits, mas se não puderem jogar outra versão então aproveitem. Aproveitam e jogam o Super Mario Bros 3, que é ainda melhor.

Como sempre, um vídeo do jogo que mostra muito bem o jogo (mas não é desculpa para não jogar!):


0 comentário(s):